(São poemas meus)
A VIDA
Há
quem pense ser a vida
Um
grande Best-seller.
Prefiro
crer na possibilidade de estarmos encenando.
[uma tragédia de improvisação.
Somos
atores patéticos.
Nessa
trapalhada que se chama vida,
Cada
um vive o seu próprio drama.
O
dramaturgo parece não existir.
É
apenas um blefe criado pela humanidade?
Nesse
palco de improvisos,
Armei
e detonei uma bomba.
Fiz-me
em pedaços.
Por
toda parte caíram fagulhas de mim.
Na
religião, credos, crenças, tabus;
Na
filosofia, a identidade;
Nas
ciências, conceitos;
Nas
Artes, padrões.
No
amor, derramou-se um fel
Amargo,
quente...
De
mim, só restou inteiro o corpo:
Amontoados
de átomos.
Serei
devolvido à Natureza,
Nela
sou eterno.
TINTO
AMOR
Fico
o dia bebendo as horas
Enquanto
o tempo me consome.
Quando
você some,
Fico
pensando se por meu amor também choras.
Minhas
lembranças são da cor do vinho tinto,
Vou
longe buscar o teu sorriso.
Teus
castanhos olhos não os encontro...
Beijo
tua boca, na lembrança...
Do
teu amor...
Embriago-me.
POEMA VERMELHO - NÃO LEIAM
Quando estou
assim
Sentindo um
mundo vago dentro de mim,
Acho que vou
perder aquilo que me deixa firme,
Então olho
para o lado que o sol nasce,
De lá vem uma
brisa que não entendo muito bem
Só sei que
ela me acalma, tira de mim os demônios
São muitos a
me perseguir.
Não quero
ficar só nessa viagem
Quero ter a
companhia de alguém.
As mulheres
que tenho guardadas na memória
Pertencem ao
meu computador
Somente ele
as pode ter
São belas e
perfeitas, são mulheres que outros tem
Eu fico com a
ilusão, mas estou bem
No final da
estrada serei crucificado.
Tudo bem fui
eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem
culpa disso.
Quando o
espírito, meu daimon, se achega
Não sei qual
a mensagem que ele traz,
Ele sempre
vem, quando as folhas balançam nas árvores,
É a brisa
mandada pelo sol, é o sol desfeito em fótons,
Não entendo essas
coisas da física
Meu espírito
não está tranquilo,
Hoje não foi
um dia bom- os maus dias sempre virão
Vou tentando
me inspirar
Vou à via
crúcis, quem sabe encontrarei alguém,
Alguém que
queira padecer por mim
No final da
estrada serei crucificado,
Tudo bem fui
eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem
culpa disso.
Um dia
estarei tranquilo, no meu canto, esperando
Acho que não
vai demorar, a ter um lugar só meu.
Lá estarei
protegido de mim mesmo,
Meu daimon
ficará aqui, não quero que ele vá.
Esse lugar
será somente meu.
Lá não terá
nenhum demônio a me perturbar,
Nenhum anjo a
me dizer o que fazer,
Meu corpo
será sacrificado no final da estrada,
Mas tudo bem
fui eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem
culpa disso.
Gostei do poema Vida e do Tinto Amor, mas esse poema vermelho, é gótico, loucura total.
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ResponderExcluirgostei mais do tinto amor é romantico.
Versos bem Baudelairianos... Gostei muito... Parabéns!!!
ResponderExcluirMuito obrigado, pelos comentários, Baudelaire, quanta honra.
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