sábado, 27 de outubro de 2012

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(São poemas meus)
A VIDA

Há quem pense ser a vida
Um grande Best-seller.
Prefiro crer na possibilidade de estarmos encenando.
         [uma tragédia de improvisação.
Somos atores patéticos.

Nessa trapalhada que se chama vida,
Cada um vive o seu próprio drama.
O dramaturgo parece não existir.
É apenas um blefe criado pela humanidade?

Nesse palco de improvisos,
Armei e detonei uma bomba.
Fiz-me em pedaços.
Por toda parte caíram fagulhas de mim.

Na religião, credos, crenças, tabus;
Na filosofia, a identidade;
Nas ciências, conceitos;
Nas Artes, padrões.

No amor, derramou-se um fel
Amargo, quente...

De mim, só restou inteiro o corpo:
Amontoados de átomos.
Serei devolvido à Natureza,
Nela sou eterno.

TINTO AMOR
Fico o dia bebendo as horas
Enquanto o tempo me consome.
Quando você some,
Fico pensando se por meu amor também choras.

Minhas lembranças são da cor do vinho tinto,
Vou longe buscar o teu sorriso.
Teus castanhos olhos não os encontro...

Beijo tua boca, na lembrança...
Do teu amor...
Embriago-me.

POEMA VERMELHO - NÃO LEIAM
Quando estou assim
Sentindo um mundo vago dentro de mim,
Acho que vou perder aquilo que me deixa firme,
Então olho para o lado que o sol nasce,
De lá vem uma brisa que não entendo muito bem
Só sei que ela me acalma, tira de mim os demônios
São muitos a me perseguir.
Não quero ficar só nessa viagem
Quero ter a companhia de alguém.
As mulheres que tenho guardadas na memória
Pertencem ao meu computador
Somente ele as pode ter
São belas e perfeitas, são mulheres que outros tem
Eu fico com a ilusão, mas estou bem
No final da estrada serei crucificado.
Tudo bem fui eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem culpa disso.


Quando o espírito, meu daimon, se achega
Não sei qual a mensagem que ele traz,
Ele sempre vem, quando as folhas balançam nas árvores,
É a brisa mandada pelo sol, é o sol desfeito em fótons,
Não entendo essas coisas da física
Meu espírito não está tranquilo,
Hoje não foi um dia bom- os maus dias sempre virão
Vou tentando me inspirar
Vou à via crúcis, quem sabe encontrarei alguém,
Alguém que queira padecer por mim
No final da estrada serei crucificado,
Tudo bem fui eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem culpa disso.

Um dia estarei tranquilo, no meu canto, esperando
Acho que não vai demorar, a ter um lugar só meu.
Lá estarei protegido de mim mesmo,
Meu daimon ficará aqui, não quero que ele vá.
Esse lugar será somente meu.
Lá não terá nenhum demônio a me perturbar,
Nenhum anjo a me dizer o que fazer,
Meu corpo será sacrificado no final da estrada,
Mas tudo bem fui eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem culpa disso.

4 comentários:

  1. SOLANGE DO SEGUNDÃOoutubro 27, 2012

    Gostei do poema Vida e do Tinto Amor, mas esse poema vermelho, é gótico, loucura total.

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  2. gostei mais do tinto amor é romantico.

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  3. Versos bem Baudelairianos... Gostei muito... Parabéns!!!

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  4. Muito obrigado, pelos comentários, Baudelaire, quanta honra.

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