A Greve na rede
estadual de ensino nesse ano de 2013 é mais uma prova da falta de compromisso
desse governo opressor de Simão Jatene e sua equipe de secretários. Movimento
paredista cuja pauta principal não é aumento de salários, mas condições mínimas
de trabalho, essa grave mostra o amadurecimento na luta dos trabalhadores em
educação. É impressionante que servidores tenham que parar suas atividades e
toda sociedade fique prejudicada porque o governe se nega a negociar melhorias
de trabalho e estrutura na carreira.
No entanto, a classe
trabalhadora mostrou sua disposição em não abrir mãos de seus direitos e
conquistas frutos de árduas lutas e enfrentamentos a governos opressores e
secretários corruptos. A própria sede da SEDUC, o Seducão, foi palco de
inúmeros protestos e ocupação, nos últimos dias. O governo mais uma vez
mostrou-se irresoluto mandando a polícia para reprimir com spray de pimenta os
trabalhadores em educação.
A luta por um plano de
carreira unificado é uma pauta justa que precisa ser discutida com seriedade.
Somos trabalhadores em educação, não há porque temos carreiras separadas. O
governo foge dessa discussão por saber que a classe organizada se torna mais
forte e resistente.
O quadro da educação
está defasado, o número de servidores é insuficiente para suprir as
necessidades administrativas da sede da Secretária e das escolas. Faltam professores
para as principais disciplinas do curriculum do ensino médio. Isso tudo
inviabiliza ao servidor usar direitos básicos como licença prêmio, liberação
para cursar mestrado, condicionada a indicação de professor, do quadro, para
substituição.
O Sistema Modular de
Ensino precisa ser regulamentado levando em conta a especificidade de cada
disciplina e localidade a fim de que se garanta o acesso universal à educação,
sem agredir aos direitos do trabalhador. Além disso, é preciso regulamentar a
lotação dos professores que atendem alunos privados de liberdade, por meio de
convênio com a SEDUC/SUSIPE.
Outro ponto que a
categoria não abre mão é a reforma das escolas e do próprio prédio da SEDUC.
Existe a necessidade de se garantir condições mínimas de trabalho a todos os
servidores. Educação de qualidade parte de condições dignas de trabalho. No
entanto, a realidade que se tem hoje nas unidades de ensino é outra. Prédios
sucateados, salas superlotadas, sem sistema de ventilação. Muitas edificações
antigas que ameaçam cair sobre professores e alunos.
É por isso e por muito
mais que os trabalhadores em educação mais uma vez levantaram a bandeira de
luta. A intervenção do MP mostra a força que temos. Partimos do princípio de
que a nossa luta se faz com organização, e essa organização parte do
entendimento de que o que acontece no nosso estado faz parte de uma conjuntura
nacional de uma política neoliberal de destruição do patrimônio social para
entrega-lo ao capital através de políticas de privatização. O governo Simão
Jatene representa essa lógica contra a qual lutamos.
Em Marabá, cidade polo da Regional Sudeste, o movimento
continua com todas as escolas paradas. A última a aderir ao movimento foi a
escola Liberdade, que estava com as aulas paradas há mais de 60 dias por conta
das reformas fora de hora que o gorverno realiza. As obras na escola acabaram
em meio à greve. A coordenação da subsede esteve presente na escola e dialogou
com os companheiros que entenderam que a agenda do governo não pode interferir
na luta dos trabalhadores em educação. Todos foram unânimes em aderir ao
movimento grevista. “Não podemos virar as costas para nossos companheiros, pois
embora feita essa reforma, nós não estamos em melhores condições uma vez que
fazemos parte da mesma categoria”, foi o discurso geral proferido pelos
companheiros valorosos daquela escola.
Assembleia
Local: Auditório da UFPA - Campus I
Data: 06/11/13
Horário: 18:30
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