Buda e a Flor de Lotus
Buda reuniu seus discípulos, e mostrou uma flor de lótus – símbolo da
pureza, porquecresce imaculada em águas pantanosas.
- Quero que me digam algo sobre isto que tenho nas mãos – perguntou
Buda.
O primeiro fez um verdadeiro tratado sobre a importância das flores.
O segundo compôs uma linda poesia sobre suas pétalas.
O terceiro inventou uma parábola usando a flor como exemplo.
Chegou a vez de Mahakashyao. Este aproximou-se de Buda, cheirou a flor e
acariciou seu rosto com uma das pétalas.
- É uma flor
de lótus – disse Mahakashyao. Simples e bela.
- Você foi o
único que viu o que eu tinha nas mãos – disse Buda.
São muitos os teóricos e muitas são as teorias sobre o
aluno da escola pública brasileira. Mas, em certo ponto, muitos estão como os
discípulos da parábola: teorizam, fazem tratados, poemas, parábolas, outros até
os menosprezam. No entanto, parece que ninguém vê o que Mahakashyao viu.
O que realmente temos nas mãos?
Se voltarmos um pouco na nossa história, vamos ver que
em quase todas as revoluções sociais estavam os estudantes. Foi assim nas
artes, nas ciências, na política.
Já esquecemos o
“Fora Collor”? (Está certo que teve um empurrãozinho da Rede Globo), no entanto
serve como exemplo para o que quero dizer. A elite dominante daquela época
percebeu a força revolucionária que há nas mãos de um jovem e conseguiram
derrubar um presidente!
A educação pública no Pará, a exemplo do que acontece
em todo o Brasil, é um produto da máquina MADE IN BRAZIL, a corrupção, que só
produz miséria econômica e social para a nação. Milhões são desviados das
verbas do FUNDEB, no entanto parece que nada, ou quase nada, é feito para
impedir isso. O professor tem que se contentar com misérias jogadas como
aumento salarial pelo abastado político. Enquanto os alunos mendigam, em
cadeiras quebradas de madeira, numa sala que chega a quarenta graus, um ensino,
quase sempre, esmigalhado pelo giz no quadro.
Vamos aplaudir Amanda Gurgel! Foi emocionante o seu
discurso. Deu até ibope para Globo News , mas não passou disso. Todo mundo
parece que esqueceu.
Os “caras pintadas” ninguém esqueceu!
Então, vamos ter o olhar de Mahashyao e ver o que
realmente temos nas mãos. Alunos instruídos e conscientes de que podem fazer
uma revolução nessa borra[1]
que se tornou o sistema educacional público no Brasil é uma força que
precisamos usar ao nosso favor.
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