segunda-feira, 20 de abril de 2015

JÁ QUE A PRESIDENTA DEU UMA "PEDALADA FISCAL" VAMOS TOMAR CUIDADO COM A "PEDALADA SALARIAL" DO JATENE


Adoro o economês pelas suas metáforas muitas vezes hilariantes. Costuma-se, por exemplo, tratar o mercado financeiro como se fosse um ser vivo. O mercado fica nervoso, o mercado tem ressaca, o mercado fica aquecido, como se fosse um forno, e tantas outras expressões animistas, ou não, utilizadas para caracterizar essa atividade humana. 
A última, saída com certeza da cartilha mais conservadora dos verbetes do economês, foi a "Pedalada Fiscal", ou " pedalada da Dilma" como já estão chamando. 
O termo pedalar é utilizado sempre que se quer dizer que alguma despesa foi jogada mais pra frente. Talvez seja primo do "rolar a dívida" ou irmão do "empurrar com a barriga". Ai o povo entende, afinal quem nunca fez isso?
Mas, na economia, "pedalar" é algo mais sofisticado. No caso da presidenta, sua pedalada lembrou mais aquelas dadas pelo craque do futebol Robinho, que o deixou famoso. Dilma "pedalou" quando, no ano de 2014, precisava repassar dinheiro à Caixa, ao  Banco do Brasil, ao BNDES  para pagamento de benefícios sociais e não fez; porém emitiu a ordem para que os bancos efetuassem o pagamento dos benefícios, ficando com o dinheiro em caixa para disfarçar artificialmente o deficit do governo. Com essa "pedalada" bem feita, a presidenta "driblou" a Lei de Responsabilidade Fiscal que proíbe aos bancos públicos emprestar dinheiro ao governo, e fez um gol. Mas o caso está sendo contestado pelos técnicos do TCU, o caso poderá ser decidido no tapetão. 
O que o governo Jatene e sua equipe estão tentando fazer com a educação é uma verdadeira "pedalada salarial"
O governo precisa pagar o aumento do piso e garantir o pagamento do retroativo ao mês de janeiro. Além disso, existe a dívida do piso salarial de 2011. A estratégia nesse caso é: retira-se a carga-horária extrapolada  do professor e daqui a dois ou três meses autoriza esse mesmo professor a extrapolar novamente a carga-horária. Com isso o governo faz caixa e paga sua dívida com os trabalhadores. Simples, não é mesmo? Seria, se o Sintepp não tivesse se mostrado um zagueirão de primeira. Até agora o governo Jatene tem se mostrado um péssimo atacante. 
Nessa mistura de economia, futebol, linguagem figurada (coisa de literatura) e luta salarial, vamos esperar que tudo não termine em "pizza". 
    

5 comentários:

  1. E quem marcou o gol ,afinal Aurismar ?! Da analise política feita entre "pedaladas" "dribles" 'zagueiros" e trocadilhos você faz sua boa e humorada critica!
    E é gol ! ,é gol! do,Auri,Auri,Aurismarrrrrrr!

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  2. CHAPA 1. Total apoio.
    Edivaldo Viana.

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  3. Essa Tese eu assino. Edivaldo Viana.

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