terça-feira, 5 de novembro de 2013

GOVERNO REJEITA MAIS UMA PROPOSTA DO SINTEPP E A GREVE CONTINUA SEM DEFINIÇÃO




A Greve na rede estadual de ensino nesse ano de 2013 é mais uma prova da falta de compromisso desse governo opressor de Simão Jatene e sua equipe de secretários. Movimento paredista cuja pauta principal não é aumento de salários, mas condições mínimas de trabalho, essa grave mostra o amadurecimento na luta dos trabalhadores em educação. É impressionante que servidores tenham que parar suas atividades e toda sociedade fique prejudicada porque o governe se nega a negociar melhorias de trabalho  e estrutura na carreira.
No entanto, a classe trabalhadora mostrou sua disposição em não abrir mãos de seus direitos e conquistas frutos de árduas lutas e enfrentamentos a governos opressores e secretários corruptos. A própria sede da SEDUC, o Seducão, foi palco de inúmeros protestos e ocupação, nos últimos dias. O governo mais uma vez mostrou-se irresoluto mandando a polícia para reprimir com spray de pimenta os trabalhadores em educação.
A luta por um plano de carreira unificado é uma pauta justa que precisa ser discutida com seriedade. Somos trabalhadores em educação, não há porque temos carreiras separadas. O governo foge dessa discussão por saber que a classe organizada se torna mais forte e resistente.
O quadro da educação está defasado, o número de servidores é insuficiente para suprir as necessidades administrativas da sede da Secretária e das escolas. Faltam professores para as principais disciplinas do curriculum do ensino médio. Isso tudo inviabiliza ao servidor usar direitos básicos como licença prêmio, liberação para cursar mestrado, condicionada a indicação de professor, do quadro, para substituição.
O Sistema Modular de Ensino precisa ser regulamentado levando em conta a especificidade de cada disciplina e localidade a fim de que se garanta o acesso universal à educação, sem agredir aos direitos do trabalhador. Além disso, é preciso regulamentar a lotação dos professores que atendem alunos privados de liberdade, por meio de convênio com a SEDUC/SUSIPE.
Outro ponto que a categoria não abre mão é a reforma das escolas e do próprio prédio da SEDUC. Existe a necessidade de se garantir condições mínimas de trabalho a todos os servidores. Educação de qualidade parte de condições dignas de trabalho. No entanto, a realidade que se tem hoje nas unidades de ensino é outra. Prédios sucateados, salas superlotadas, sem sistema de ventilação. Muitas edificações antigas que ameaçam cair sobre professores e alunos.
É por isso e por muito mais que os trabalhadores em educação mais uma vez levantaram a bandeira de luta. A intervenção do MP mostra a força que temos. Partimos do princípio de que a nossa luta se faz com organização, e essa organização parte do entendimento de que o que acontece no nosso estado faz parte de uma conjuntura nacional de uma política neoliberal de destruição do patrimônio social para entrega-lo ao capital através de políticas de privatização. O governo Simão Jatene representa essa lógica contra a qual lutamos. 
 Em Marabá, cidade polo da Regional Sudeste, o movimento continua com todas as escolas paradas. A última a aderir ao movimento foi a escola Liberdade, que estava com as aulas paradas há mais de 60 dias por conta das reformas fora de hora que o gorverno realiza. As obras na escola acabaram em meio à greve. A coordenação da subsede esteve presente na escola e dialogou com os companheiros que entenderam que a agenda do governo não pode interferir na luta dos trabalhadores em educação. Todos foram unânimes em aderir ao movimento grevista. “Não podemos virar as costas para nossos companheiros, pois embora feita essa reforma, nós não estamos em melhores condições uma vez que fazemos parte da mesma categoria”, foi o discurso geral proferido pelos companheiros valorosos daquela escola. 



Assembleia
Local: Auditório da UFPA - Campus I
Data: 06/11/13
Horário: 18:30

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