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(Do Sintepp Estadual)
Novamente estamos na
encruzilhada da desesperança. Sabemos que caminho trilhar, mas a
ignorância ou a falta de coragem nos força a permanecer no centro. No
teatro de fantoches somos espectadores da mentira propagada por um
Governo, que como tantos outros, é desonesto e corrupto. Estamos
definhando, mas ainda vivos.
O medo da greve corrompe nossos sentimentos, fortalece nossos opositores e mascara as mazelas da educação. Não grevamos porque queremos, mas sim porque é necessário. Ou fazemos isso ou nos tornamos escravo do sistema que corrompe pouco a pouco a sociedade.
O medo da greve corrompe nossos sentimentos, fortalece nossos opositores e mascara as mazelas da educação. Não grevamos porque queremos, mas sim porque é necessário. Ou fazemos isso ou nos tornamos escravo do sistema que corrompe pouco a pouco a sociedade.
Numa
jogada de mestre (na arte de enganar) o Governo do Estado mais uma vez,
inescrupulosamente, ludibria a sociedade quanto à educação no Pará.
Noticiado exaustivamente pela imprensa local o pagamento do piso, como
algo surpreendente pelo governo (o que não seria mais que sua
obrigação), porém, infelizmente, não foi explicado corretamente como
seria pago os valores aos professores.
No
sentido de “(des) valorizar a educação” Governo retira abono FUNDEB dos
professores para pagar piso nacional, sem ganhos reais para os
educadores. Pois ao retirar o abono as vantagens incididas nas
gratificações pagaram o abono e o que sobrou foi para os descontos de
impostos, plano de saúde e IGEPREV. Sendo assim, ganhos reais para a
categoria não houve em função da postura arbitrária do Governo que para
pagar o Piso retirou o abono FUNDEB. E mais uma vez nos perguntamos: o
que será feito com esse dinheiro da EDUCAÇÃO?
Como
uma forma de “vingar” a última greve o Governo quer dar mais um golpe
com a tentativa de transformar a jornada de trabalho de hora-aula para
hora relógio. Em vez de sairmos da sala de aula para a hora-atividade “é
o tempo reservado ao docente, cumprido na escola ou fora dela, para
estudo e planejamento, destinado a avaliação do trabalho didático e a
socialização das atividades pedagógicas, atividades de formação
continuada, reunião, articulação com a comunidade e outras atividades
estabelecidas no projeto político pedagógico”, segundo o PCCR,
continuaríamos com a mesma carga horária em sala e o tempo de sobra (15
minutos, já que a hora-aula tem 45 minutos e o relógio 60) ficaria para a
hora-atividade. Contrariando o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração,
criada em 2010, que diz no “§1º As jornadas de trabalho previstas neste
artigo compreendem as horas-aula e as horas-atividade” e não dá nenhuma
abertura para essa interpretação.
Dessa
forma, o Governo Simão Jatene procura barganhar submetendo as
negociações uma proposta absurda e sem respaldo jurídico para fazer os
profissionais da educação reivindicarem o modelo antigo. Trocando em
miúdos, ficaria tudo como está! Não podemos aceitar essas agressões a
categoria, compactuando com a mediocridade que é hoje o sistema
educacional brasileiro.
Há
muito tempo estamos expondo que dinheiro para a educação existe, o que
falta é compromisso para investir os recursos e beneficiar a sociedade
de uma forma geral. Ou seja, o Governo tenta inverter novamente a
situação, beneficiado pelos meios de comunicação (Diário e Liberal),
colocando a responsabilidade para os trabalhadores da educação de provar
para a sociedade que nós estamos sendo lesados. Ao invés de estarmos
discutindo a melhoria da educação de forma ampla estamos nos pautando em
questões específicas para justificar as irregularidades do Governo do
Estado do Pará. Por isso, conseguimos avançar pouco em direção as
transformações sociais que queremos.
Homenageando
o humorista Chico Anysio, com suas clássicas críticas sociais, como na
escolinha do Professor Raimundo “E o salário, ó...”. Assim como a
educação.
Prof. Ms. Allan Silva
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