sábado, 7 de abril de 2012

QUANDO A INSATISFAÇÃO É GERAL, ALUMA COISA GRANDIOSA TEM QUE ACONTECER


A educação de Júlio Olivar
Data : 7/4/2012
    

A situação da educação brasileira não apresenta a realidade que todos desejam, pois infelizmente os problemas estruturais, em muitos casos, são inevitáveis. Em estados como Rondônia, administrados pelo descaso de governantes demagogos, a coisa fica pior, especialmente quando se tem, em detrimento de muito profissionais formados na área, pessoas sem nenhuma formação, como o atual secretário Júlio Olivar.
Rondônia vive atualmente momentos de muita insegurança administrativa, em virtude da incompetência de vários dos secretários de Confúcio, entre eles o secretário da educação, que se limita a administrar esta pasta tão complexa com papo furado e discursos vazios...Vazios de tudo!
Em janeiro deste ano, exatamente no dia 02, Júlio Olivar publicou um texto na imprensa, dizendo que “O MOMENTO ERA DE CIVISMO”. No citado texto, ele pregava que todas as escolas da rede estadual teriam as salas climatizadas, que outras teriam o ensino integral, que os professores teriam o plano de cargos e carreira efetivado, que a educação no ensino médio seria renovadora, entre outras verborragias... Estamos caminhando para finalizar, nos próximos dias, o primeiro bimestre do ano letivo e nada disso se tornou verdade, embora os discursos continuem emocionantes.
No município de Ministro Andreazza, a única escola da rede estadual vive um problema inadmissível, para quem prega ações renovadoras e educação de qualidade. O calor é tão intenso nas salas de aula administradas por Júlio Olivar, de tal modo que, todos os dias, vários alunos desmaiam, passam mal, são internados, desistem da escola e outras coisas provocadas pela temperatura desumana que assola o norte brasileiro. As salas de aula não possuem nenhum tipo de ventilação, como prega o secretário, fato que causa sérios prejuízos para a saúde e para o ensino das crianças, jovens e adultos que estudam na escola Nilo Coelho... Enquanto isso, o senhor secretário filosofa e brinca de fazer educação em gabinetes refrigerados na capital do estado.
Entretanto, o secretário da educação de Rondônia não pode ser considerado totalmente culpado pelo descaso com os alunos de Ministro Andreazza, visto que não conhece mesmo a realidade de uma escola. Os cálculos matemáticos sugerem que Júlio Olivar, provavelmente, concluiu o ensino médio entre 1989 e 1990, isso se tiver sido um bom aluno lá em Minas Gerais, onde nasceu em 1973. Caso os cálculos sejam precisos, há mais de duas décadas que nosso secretário está distante da escola e isto é suficiente para inocentá-lo. Sua maior proximidade com os estudos se dá pelo fato de ser “imortal” da Academia de Letras de Vilhena, de forma até precoce, considerando que ele chegou por lá entre 1999 e 2000. Dois anos depois de chegar à cidade do sul de Rondônia, já era “imortal”... Os alunos, porém, não o são e certamente não conseguirão muita coisa estudando num calor insuportável e sem as condições necessárias para pensar.


A situação só não se tornou mais complicada porque ainda estamos no período chuvoso aqui no Norte e os alunos são favorecidos pela natureza, quando chove na cidade. Assim, por alguns minutos, a temperatura das salas é “climatizada”, pena que seja uma coisa efêmera e que possivelmente não mais ocorrerá com o final do período invernoso. A partir disso, não se sabe como as coisas irão ficar...
Recentemente, no mês de março, estiveram na escola pessoas do Conselho Estadual de Educação, para cumprir aquelas burocracias nada renovadoras: olhar diários, anotar isso e aquilo e depois esperar o tempo passar. Mas não podemos esperar que técnicos do CEE irão climatizar salas, pois isto nada tem a ver com suas atribuições, ainda que tenham vontade. De qualquer forma vários professores solicitaram que fosse registrada no relatório a situação da falta de condições climáticas das salas de aula.
Sempre que alguém questiona a falta de ventiladores ou ares-condicionados, aparece um representante do governo para dizer que os tais aparelhos já foram comprados e que depende da justiça. Tudo papo furado! Estes argumentos são usados há mais de um ano e os alunos continuam sofrendo com o calor. Se para funcionar uma escola, de modo decente, precisa da justiça, então o secretário não deveria fazer propaganda enganosa de suas “ações renovadoras”. É muito estranho que fatos como este aconteçam na cidade vizinha de Sueli Aragão, secretária-adjunta da educação. Ela nunca fez uma visita aos alunos de Ministro Andreazza. Será que para visitar também depende da justiça?
Outro fato estranho é que o governo gastou quase um milhão e duzentos mil reais para fazer algumas reformas na escola de Ministro Andreazza e nunca apareceu ninguém para “inaugurar”. Estranho porque esse pessoal gosta de aparecer em inaugurações. Nem assim, nossos alunos tiveram a sorte de ver de perto a cara de quem que deveria oferecer a eles a educação que merecem por direito. Isto fere, de morte, os fundamentos do CIVISMO.
Mesmo sem entender de educação, parece que o secretário tem medo de chegar perto das pessoas que entendem, pois ele evita contato com professores. Quem sabe a proximidade não permite a ele conhecer a realidade de uma escola e propor ações renovadoras com os pés no chão. Os delírios constatados em suas falas e textos mostram que falta a ele ter contato com a realidade e deixar de lado, por um tempo, a “imortalidade” conseguida em Vilhena... Ao contrário das opiniões e atos de Júlio Olivar, a situação da escola Nilo Coelho não é nada poética.
A julgar pelos problemas vividos em apenas uma de tantas escolas de Rondônia, fica realmente difícil acreditar que seja possível pregar o civismo, a educação de qualidade e prioritária propagandeada pelo secretário de educação. Quando será que a justiça vai permitir que os alunos de Ministro Andreazza sejam tratados com respeito e que a Carta Constitucional seja cumprida?
FRANCISCO XAVIER GOMES 

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