A situação de reclamações é geral em todos os municípios da Regional 4, os alunos até a presente data não tiveram aula de diversas disciplinas e o pior não foi apresentada proposta de quando irá acontecer as contratações.
Vereador diz que há um semestre alunos não tem aula e pede uma solução do Governo do Estado para o caso
Zona rural de Marabá está sem professoresno ensino médio, denuncia Guido |
Após receber uma carta de moradores e alunos, do primeiro ao terceiro ano, da Vila Santa Fé, informando que até o presente momento o Estado ainda não havia providenciado a contratação, para atender a comunidade local, de professores temporários e concursados para o ensino modular e regular, o Vereador Guido Mutran (PMDB) se mostrou indignado com a situação dos denunciantes. “Esses alunos estão sendo prejudicados, há um semestre estão sem professores”, explicou Guido Mutran da tribuna.
O vereador solicitou que a casa envie um documento ao secretário de educação do Estado e ao governador, pedindo que a situação seja resolvida, pois os alunos estão perdendo o ano letivo.
Vanda Américo disse que esteve, ainda na última semana, em Belém, discutindo justamente esse caso. Para ela, não existe justificativa para que o governo ainda não tenha dado uma solução ao problema. “O Estado ainda não contratou os professores, nem do processo modular e nem do regular”, falou Vanda.
Segundo Vanda é necessário que se volte a fazer pressão. “Lamentamos, profundamente, que na região sul e sudeste do Estado se tenha essa dificuldade em se resolver os problemas”. Justificando ainda, que os alunos são os principais prejudicados. Questionando em que situação eles irão enfrentar o processo seletivo do vestibular vindouro.
Pedro Souza, que já foi gestor da 4ª Unidade Regional de Ensino (4ªURE), em Marabá, enfatizou que o problema da educação no Pará não é a falta de recurso, mas de gestão, com a centralização das decisões na capital. “Temos escolas na zona rural que há mais de 5 anos não tem professores, e isso vem de muito tempo, de outros governos”. Dizendo ainda, que o Estado do Pará figura sempre entre as últimas posições no ranking de desenvolvimento educacional no País. “Ficamos sempre em último e em penúltimo em termo de qualidade de ensino”, disse o líder do governo.
Para ele, enquanto não for resolvido a falta de autonomia nas decisões que dizem respeito à educação no interior, o processo não avançará, citando o caso de Santarém, em que o curso de medicina, que oferta 50 vagas na cidade, possui apenas 2 alunos locais, o que mostra a deficiência do ensino médio no interior.
Morador da região, o vereador Alecio Stringari, o Alecio da Palmiteira, lembrou que o ensino médio é de responsabilidade do Governo do Estado, e que na região do Rio Preto, desde 2001, é um descaso. “Existem escolas próximas a Belém que estão caindo na cabeça dos alunos, imagine a situação aqui”. Alécio lembrou, também, que apesar das dificuldades financeiras da Prefeitura, ela tem sido parceira da região, cedendo espaços, disponibilizando professores e dando o suporte no que é possível. “Os módulos do ensino médio na região do Rio Preto são feitos em 40 dias, quando deveriam ser cumpridos no prazo de 90 dias, a situação é caótica”, finalizou.
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