Há quase um ano fizemos essa postagem, como o tema mostra-se super atual no momento resolvi postá-la novamente, tendo em vista que na época eramos uma criança de apenas 8 meses.
Fonte Foto:diogenesbrandao.blogspot.comon |
Uma coisa
sempre me chamou a atenção desde que iniciei a minha carreira docente. Por que
será que a maioria dos alunos da educação básica parecem não querer nada com os
estudos? Em uma turma de 30 a 40 alunos, apenas um reduzido grupo de 4 ou 5
alunos se destacam pelo interesse nos estudos. Onde será que está o problema da
educação brasileira?
Na educação
pública, já virou até lugar-comum se referir à falta de estrutura das escolas,
baixos salários dos professores como a causa maior do caos que acontece no
ambiente escolar. É claro que uma escola bem estruturada, professores com bons
salários ajudaria a resolver parte do problema do professor, não do aluno. Já trabalhei
em escola do setor privado que tinha tudo isso, no entanto o interesse dos
alunos pelo estudo não era muito diferente da pública.
É comum nos
conselhos de classe professores reclamar de salas de aula superlotadas. Fato que impede de acompanhar mais
diretamente as dificuldades de cada aluno. Penso que o problema não está no alto
número de alunos em uma sala de aula, pois não há coisa mais chata do que uma
sala de aula ociosa, com meia dúzia de alunos. Nesse caso, o maior problema
está na grande quantidade de sala de aula que o professor tem que assumir para
ter um salário melhor. Aqui é que salário melhor ajudaria a resolver o problema
– do professor.
“Esses alunos
só querem saber de andar com o celular na mão, trocando mensagens, ouvindo
músicas, passando vídeos uns para os outros, na hora de pesquisar, vão à
internet e acham tudo pronto!”. Quem nunca
ouviu essa reclamação na sala dos professores? Ai é que está o problema, ou
melhor, a solução para o problema do aluno.
Estamos tentando
empurrar aos alunos do século XXI, da Era da Tecnologia Digital, os mesmos
interesses que tinham os alunos de dois séculos atrás. Isso nunca vai dá certo.
Confesso que me sinto meio dinossauro ensinando coisas tão ultrapassadas para o
interesse curricular dessa nova geração. Barrar o uso das tecnologias tem
consumido o tempo do planejamento pedagógico de muitas escolas saudosas do
tempo em que somente o professor, usando quilos de parafernálias, poderia levar
uma música para sala de aula como recurso pedagógico.
Enquanto aqui
no Brasil estamos lutando para a implementação de laboratórios de informática, que
de fato funcionem, nas escolas; nos Estados Unidos isso já é tão real que a
discussão é outra: estão querendo abolir a escrita cursiva, à mão, do ensino
escolar. Vai dizer isso para o professor retrógrado que manda os alunos
escreverem à mão a pesquisa que imprimem da internet!
O ideal seria
usarmos as tecnologias digitais, principalmente as chamadas TICs, como
aliadas
do processo educacional e não como inimigas. E cá pra nós: já está
passando da
hora de uma reformulação radical do currículo escolar da educação básica
no Brasil. Isso ajudaria a resolver o problema, do aluno.
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