sexta-feira, 16 de agosto de 2013

POR QUÊ É DIFÍCIL ACREDITAR?

Seria o garoto Marcelo um parrecida?


Sei que a mídia tem mostrado exaustivamente a chacina que aconteceu em São Paulo, mas é como pai de um garoto de 13 anos que quero dar o meu ponto de vista sobre esse fato que está comovendo o Brasil inteiro. Cada novo fato apresentado pela mídia é embebido como um capítulo de uma novela, ou melhor, um conto de horror. Como pode um garoto dessa idade matar os pais e depois suicidar-se? Só pode haver outra explicação! É a conclusão que a maioria chega.
Estamos acostumados a ver crimes praticados por menores, bárbaros até, mas são aqueles moleques viciados, que matam o roubam para sustentar o vício. Abandonados por qualquer política pública de reabilitação, fazem do crime um estilo de vida. Aqueles garotos que a maioria quer ver pagando por seus crimes atrás das grades. Esses são nossos, frutos de nossa sociedade, já estamos acostumados.
Garotos psicopatas, produtos da fantasias de uma sociedade hollywoodiana, que atiram nos outros e depois se matam, definitivamente não é coisa do Brasil. Isso acontece muito lá nos Estados Unidos, por aqui não. Rejeitamos veementemente essa possibilidade, e mesmo diante da apressada conclusão da polícia não aceitamos sem conflito os fatos.
Estava me preparando para ir ao serviço, como de costume, deixei a TV ligada em algum canal, nenhum em especial, a apresentadora fazia uma matéria sobre o caso. Mostrava imagens que depois foram repetidas inúmeras vezes pelo mesmo canal e por outros, em que o garoto Marcelo chega da escola, nesse momento, segundo as evidências, os seus pais já estavam mortos, momentos depois o garoto teria se matado. Confesso que nesse dia não pude trabalhar concentrado em nada. Sei que assim como eu muitos pais também se angustiam diante desse fato mal esclarecido.
Nosso medo é que outros crimes desse tipo venham a acontecer, outros garotos com os mesmos problemas de Marcelo resolva imitá-lo. Não queremos perder a tranquilidade de nosso sono. Por isso repulsamos tanto as evidências que levaram a crer que o menino, amado por seus pais, tenha se tornado um parricida.
Felizmente, laudo apresentado pelo Professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), o conhecido médico legista e George Sanguinetti, que realizou a perícia fez o laudo das mortes do casal Paulo Cesar Farias e Suzana Marcolino que apontaram que eles foram assassinados em 1996, afirmou que o filho do casal de policiais militares paulistas Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, também foi assassinado junto com os pais. É como pai que escolho acreditar nessa possibilidade. O legista contesta vários pontos do laudo e desconsidera várias conclusões da polícia paulista (veja aqui a postagem sobre isso).
Se essa versão for a verdadeira, então as perguntas passam a ser: quem estaria por trás de toda essa armação? Por quê o garoto foi à escola depois de os pais terem sido assassinados? Teria sido ele obrigado a isso? Vamos ter que aguardar outros capítulos desse conto de terror que parece ter saído da pena de Edgar Alan Poe, diga-se, o maior contista de terror, norte-americano.



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