MOMENTOS DIFERENTES EXIGEM ESTRATÉGIAS DIFERENTES

Mais uma vez vamos falar sobre a greve dos trabalhadores em educação pública do Pará que já está fazendo hoje quase cinqüenta dias. O fato é que a greve se alonga, o desânimo vem e com isso surgem os conflitos entre os companheiros.

Quinta e sexta-feira foram dias de muito enfrentamento. Algumas escolas reuniram seus professores para decidir sobre a continuidade ou não na greve. Pesados os prós e os contras a maioria dos professores resolveu permanecer com o movimento, ratificando a decisão tomada em assembléia geral pela categoria na capital.

Para nós da coordenação não é legal que alguns colegas, com medo da represália, retornem às salas de aula. Isso não ajudaria em nada os alunos, apenas os penalizariam mais ainda porque eles teriam aulas quebradas de meia dúzia de professores e depois teriam que cumprir normalmente o calendário de reposição com os demais que decidiram permanecer em greve.

Diante disso, acreditamos que não adiante ir confrontar o companheiro que também está sofrendo com a greve. Não é hora de palavras conflitantes entre os colegas. Deixar que eles dêem normalmente suas aulas  furando a greve e enfraquecendo o movimento , também não é a melhor estratégia. A melhor saída é esclarecer os alunos para que eles tenham consciência de que essa atitude de alguns professores em nada lhes ajudará. E, portanto, eles não devem assistir aulas-pingadas.

Assim, já montamos uma equipe de professores para essa nobre missão: ajudar a fortalecer o movimento e não deixar a luta nas mãos apenas dos companheiros da capital. O Sintepp resolveu pagar o ônus da permanência na greve com a multa de R$ 25.000,00 por dia parado. Nós temos que pagar o nosso também saindo para o embate.

Observação: o companheiro (a) que queira participar conosco, ligue paro professor Aurismar Queiroz (91268494 – 84138336)