sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O JOGO ESTÁ 2 X 0 PARA O GOVERNO

Greve de professores será julgada hoje

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A Justiça do Pará pode decretar hoje o fim da greve dos professores do Estado, que já dura quase 40 dias. O juiz Elder Lisboa, da Vara da Fazenda Pública de Belém, deve sentenciar o pedido encaminhado pelo Ministério Público do Estado (MP) para definir se a greve dos professores estaduais é abusiva e ainda se o desconto dos dias parados, que já vem sendo realizado pelo governo do Estado, é legal.

Mateus Ferreira, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), acredita que a decisão do juiz seja favorável à categoria dos professores. “Temos um olhar positivo e de grande expectativa, mas sabemos que o juiz não vai sentenciar o Estado. Independente da decisão, haverá uma assembleia na próxima segunda-feira para definir os rumos do movimento”.

Na manhã de ontem, Carlos Alberto Ferreira, pai de dois alunos da Escola Estadual Dr. Justo Chermont, localizada no bairro da Pedreira, entrou com uma ação contra o Sintepp. No pedido feito à Promotoria de Direitos Constitucionais e Patrimônio Público, do MP, Carlos solicita que a Justiça determine o imediato fim da greve dos professores em razão dos prejuízos que a paralisação causa aos estudantes.

Carlos avalia que a greve só prejudica os cerca de 800 mil alunos da rede pública estadual. “Já estamos em novembro. Ainda faltam duas avaliações para serem realizadas. Estamos brigando pelo direito dos jovens. Cadê o ECA, direitos humanos, para defender o jovem e seu direito à educação? E a reposição das aulas que muitas vezes acaba nem ocorrendo”, reclama.

Mateus Ferreira comentou sobre a mobilização do pai contra o Sintepp e a questão dos dias parados. “Qualquer pessoa em uma sociedade organizada tem o direito de defender seus direitos. Defendemos o direito constitucional dos alunos de terem 200 dias letivos e vamos repor os dias parados. Mas alguma coisa como a postura do governo pode comprometer isso. Se o Estado continuar com os descontos nós não vamos nos comprometer com reposição das aulas. O governo que arque com as consequências”, advertiu.

SEM ACORDO

Na audiência realizada no último dia 28, no Fórum Cível de Belém, o sindicato apresentou uma nova proposta para o governo, para pagar agora em novembro, metade do valor que falta para complementar o piso nacional. Com isso, o salário dos professores no próximo mês seria de cerca de R$ 1.154. Ainda segundo a proposta, o Estado pagaria o valor integral do piso em dezembro, ou seja, os R$ 1.187,97, o que não foi aceito pelos representantes do governo, sob a alegação de não ter dinheiro para arcar com a despesa. (Diário do Pará)

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