DEVAGAR, MAS COM FIRMEZA?

 

 Eita início de governo que não inicia! "Devagar, mas com firmeza" esse era o lema de Maneco Terra, personagem de O Tempo e o Vento, trilogia de Érico Veríssimo, que conta os primórdios da criação do Estado de Rio Grande do Sul. O governo que iniciou em primeiro de janeiro, se amarrou na falta daquilo que mais precisa para bombar - dinheiro, bufunfa, cacau, dindin. Sem dinheiro ninguém faz nada, nem governa uma cidade com quase trezentos mil habitantes e mais de   nove mil servidores endividados e até famintos. 

É cedo para cobrar? É, é cedo. Acontece que sempre batíamos no peito e dizíamos que a nossa "cidade relicária" é uma cidade polo, rica, somos "o tigre da Amazônia"! Como pode agora estarmos em tamanha miséria?! Até agora o que foi feito? Vamos lá: recebemos dois vale-alimentação, os canteiros da Transamazônica no trecho Cidade Nova foram capinados, algumas valas foram desemtupidas, o lixo está sendo mais ou menos recolhido, alguns secretários foram nomeados... pois é, mas e então? Oh, Mamon, será que por ai nos teus domínios celestiais (ou infernais) não há alguns milhões de reais para tu depositar nas contas da prefeitura de Marabá, meu nego? Não é por amor a essas cédulas ( ai umas onçazinhas no meu bolço!) é por necessidade, rapaz! Além do mais, quem leu a trilogia do Veríssimo sabe como o Maneco Terra terminou com essa filosofia de "devagar, mas com firmeza", foi morto e atrucidado por seus inimigos. 

  Vocês lembram daquela serpentezinha que andava buzinando suas maldades aos ouvidos do vice-prefeito em plena transição de gorverno? Pois é, ela já anda se possessando de alguns servidores mais aguniados. Já tem gente descendo a lenha no governo. "É só reunião e mais reunião e nada de concreto!", veja só, ouvi isso já de vários servidores. Somente quem encarou todos aqueles números vermelhos, todas as fraudes do ex-prefeito e sua equipe pode compreender o tamanho do rombo que se encontra o nosso município. Acreditem, isso que parece pouco é avanço. Apesar da nossa pressa em ver as coisas resolvidas, devagar, mas com firmeza ainda é a melhor filosofia a ser seguida.