terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MEU DEUS, NO BRASIL EXISTEM BOATES E ESCOLAS?!

Depois do fatídico caso de Santa Maria no Rio Grande do Sul, parece que as cidades brasileiras descobriram que existem esse tipo de estabelecimento em suas municipalidades. De lá pra cá ganharam manchetes todos os dias anúncios de prefeitos determinando fiscalização nas casas noturnas. Quer dizer que antes a coisa rolava solta sem nenhuma fiscalização, ou simplesmente havia um faz de contas? Está certo que muitos desses gestores são novos no cargo e querem mostrar serviço. É justo, é certo.
 Todavia, e quanto a educação pública brasileira que mata mais do que 232 bombas atômicas, o que é que se faz? Esse dado não tiro de minha cabeça, porra louca que sou, mas do artigo, meio crônica, na verdade, do conceituado Roberto Pompeu de Toledo, publicado na edição 2279 - ano 45 - nº 30, de 25 de junho de 2012, da Revista Veja. No texto, cujo título é 232 bombas atômicas, ele faz a seguinte metáfora, se o Brasil fosse um grande barco que estivesse naufragando e cada brasileiro tivesse em mãos um manual de sobrevivência, com apenas cinco minutos para lê-lo, 27% morreriam afogados. Esse é o índice de analfabetos funcionais que hoje existem no nosso país. Isso é, a pessoa que decodifica a leitura, mas não entende o que ler. São 32,5 milhões de brasileiros que morreriam nessa situação. 
Confesso que esses dados perturbaram bastante o meu sono. Quantos alunos meus nesses doze anos que sou professor de língua portuguesa morreriam com esse manual de sobrevivência nas mãos? E quantos mais ainda continuarão morrendo caso não haja uma atenção especial para a educação? Eu gostaria que os novos prefeitos, principalmente o nosso João do SIM, tivessem a mesma sensibilidade, que tiveram com essa tragédia de Santa Maria, quando analisassem os dados da educação. 
Educação é coisa séria e precisa ser priorizada, não dá para relegá-la a um segundo plano. As questões que foram acordadas na última rodada da mesa de negociação tais como: eleição para diretor, suplementação de carga-horária, adequação da hora aula para 45 minutos, chamada dos 300 concursados, entre outras, como o próprio gestor apresentou "são medidas emergenciais", precisavam terem sido decretadas pelo prefeito no dia seguinte. Faltou uma ação mais decisiva do prefeito, o que abriu espaço para a politicagem de sua base aliada-opositora da Semed (que contraditório, mas isso é pra valer) fazer articulações e anular tudo isso. Deu no que deu, o ano letivo iniciou sem a mínima condição. Falta professor, falta merendeira, falta vigia, falta servente, as vezes falta até secretário de educação e sobra adjunto. Faltou também dinheiro para o retorno daqueles que viajaram. 
O nosso prefeito se preocupou com as casas noturnas e de imediato mandou realizar uma fiscalização (li isso na sua página do Facebook). Oh, João, João, quantos dos teus munícipes morrerão até que te voltes para nós da educação?

5 comentários:

  1. Parabens sr.pelo desabafo acima alguem precisa dizer o que pensa.Me diga ums coisa de acordo com a mesa quando iria sair o vsle alimentaca de janeiro?

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  2. Gostei muito do comentario, sobre a os riscos de mortes de nossa educação, tambem achei de muito populismo demagogos o prefeito lamçar a operação KISS com pompas e pirotéquinia de algums blog, outros canais de radio e tv. Sabendo nós da educação que muitos colegios estão tambem oferecendo riscos de incendio em suas estrutura fisicas e que muitos jovems vem morrendo em praças publica ou na orla, e ate o momento nada se falou sobre estes crimes, e qual medidas serão tomadas a nivel de municipio.

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  3. A tragédia em Santa Maria assim como a tragédia que é a educação brasileira é reflexo da negligência, da corrupção, da omissão e da falta de compromisso das autoridades políticas e empresários que teriam a obrigação de garantir o direito a saúde, a educação, a vida...A ganância e o poder são práticas bem antigas e conhecidas inclusive na biblia...quando Deus disse: "Presentes receberam no meio de ti para derramarem sangue; usura e juros ilícitos tomaste, e usaste de avareza com o teu próximo, oprimindo-o; mas de mim te esqueceste, diz o Senhor DEUS.Ezequiel 22:12.
    Os políticos e os empresários Aurismar, e isso inclui o João Salame, (porque já está dando provas disso), não estão preocupadas com as necessidades emergenciais das pessoas, estão preocupadas em fazer suas alianças, garantir seu status quo, proteger os "seus interesses", porque como diria Marx, "tudo que é sólido, desmancha no ar"...tem que correr, se apressar em manipular, roubar, subornar, enquanto fazemos a grande população acreditar que "estamos arrumando a casa. E lembrar a essa mesma população que quem não prestou foi o MAUrino e qualquer migalha que oferecermos daqui pra frente é lucro, afinal, o povo já estão acostumados a apanhar mesmo... Oremos todos pelas famílias enlutadas de santa Maria, e oremos também pelas familias que neste momento estão sofrendo, desesperadas, por falta de seus salários... nem tanto aquelas do carro financiado, as que estão com a escola particular dos filhos atrasada e que tem que pagar, pelos juros, impostos...mas principalmente por aquelas que não tem sequer o que comer em casa, que contam unico e exclusivamente com o salário mínimo que era pago por mês pela Prefeitura, para sustentar seus filhos...oremos companheiros e companheiras. Stela. Ah! e parabéns pelo seu texto, crítico e reflexivo. Também comungo das suas angústias...

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  4. parabéns colega,vc foi muito feliz em suas colocações, espero que com isso o prefeito João Salame se sencibilize,pois da a impressão que ele imagina que realizar o nosso pagamento seja um favor.Infelizmente parece que é mais um que não esta nem ai pra educação de Marabá.

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  5. guiherme oliveirajaneiro 31, 2013

    Camarada aurismar,o corporativismo é natural,acontece em todos os segmentos profissionais,seria diferente pela posição que tu ocupas se não o fizesse.Concordo que o relapso por qual nossa educação passa e de fazer doer os olhos,os educadores em geral são otimos para cobrarem seus direitos e pessimos para cumprirem seus deveres,a educação em marabá tem ou vai ter salarios da europa com o padrão de ensino africano,diretores acomodados, professores displicentes mais preocupados no tempo em sala de aula do que com sua qualidade.
    Junto com as conquistas salariais deve vim as politicas de acompanhamento de produtividade de ensino,todos nós temos mea culpa no cartório será que só o magistério não tem nada a falar.Fiquei preocupado,se tu que é professor da matéria do texto do articulista ta impressionado , imagine eu um simples servidor municipal pai de aluno da escola publica.

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